4.6. Avaliar é cuidar: a educação ambiental como processo contínuo de escuta e transformação
Ao longo deste módulo, aprofundamos a importância dos indicadores educacionais e ambientais como instrumentos fundamentais para o acompanhamento, a análise e a transformação das ações propostas pelo PMEA de Charqueada. Mais do que números ou metas a serem atingidas, os indicadores devem ser compreendidos como ferramentas de diálogo com o território, de escuta dos sujeitos e de construção compartilhada do conhecimento.
Compreendemos que os indicadores quantitativos são essenciais para mensurar alcance, frequência e cobertura das ações, mas que os indicadores qualitativos são igualmente fundamentais para captar sentidos, afetos, vínculos e mudanças menos visíveis, mas profundamente significativas.
Discutimos ainda os critérios para a seleção de bons indicadores, como relevância, clareza, viabilidade e sensibilidade às mudanças. Exploramos exemplos práticos aplicáveis ao contexto de Charqueada, mostrando que a avaliação pode ser feita com ferramentas acessíveis, respeitando a diversidade dos públicos e a complexidade dos processos educativos.
Por fim, refletimos sobre a avaliação como prática pedagógica e participativa. Avaliar é educar. É dar voz aos sujeitos, valorizar os aprendizados construídos coletivamente e reorientar caminhos com base em escutas sensíveis e coerência ética. Quando feita com esse espírito, a avaliação se torna um elemento estruturante da política pública e um componente formativo essencial da Educação Ambiental crítica.
Ao encerrarmos este módulo, reafirmamos o compromisso de compreender a avaliação não como um fim, mas como parte viva e contínua do processo de transformação. Avaliar é, sobretudo, um ato de cuidado com as pessoas, com o território e com os futuros que desejamos construir.